CAPITULO II
Uma semana passou-se rápido demais para Agatha. Ela estava em seus aposentos se banhando enquanto esperava pela chegada de seu futuro noivo e sua mãe. Não conseguira convencer seu pai, aliás ele mal a encarava nesses ultimos dias, viu que se o desobedecesse seu castigo seria muito pior, não teve jeito ela teve de ceder aos pedidos do pai. “Mas veremos se eu não farei a cabeça de sir Alexander...” – pensava enquanto mergulhava na tina e lavava seus cabelos com uma mistura de rosas feita especialmente para ela na aldeia. Alguns minutos depois ela sai da banheira, e vistiu uma camisola leve azul e um robe mais claro, abriu a porta de seus aposentos e chamou um criado que passava por ali, mandando Hanna trazer seu almoço no quarto. Meia hora depois a criada entrava nos aposentos comprimentando sua criança e lhe trazendo seu almoço.
- Vejo que estás radiante minha criança! – Hanna notou o olhar travesso de sua criança enquanto, a encarava tomando um cálice de vinho – O que vossa senhoria estás aprontando?
- Nada Han! Que desconfiança é essa agora, até parece meu pai. – ela se fez de braba com a ama, mas isso era demais para ela, então abriu um dos seus belos sorrisos e disse – Estou esperando um milagre só isso, quem sabe Alexander não me deixe em paz...
- Ah sim seria o milagre do século meu bem... – Hanna conhecia muito bem aquela atitude e sabia que ela ia aprontar – seu pai anda menos tolerate a suas criancices Agatha, não quero vê-la apanhar novamente...
- Não vai... – Agatha sentiu seu peito encher-se de dor ao lembrar daquela cena grotesca no salão de refeição – Agora após eu almoçar me ajude me arrumar e eu irei esperar meu “futuro e destinto noivo” no salão de música – Ela novamente foi irônica ao se referir a Alexander, mas Hanna nem ligou para isso.
Após o almoço Agatha se dirigiu para a sala de música, sentou-se no piano e tocou uma musica de amor tristemente. Trajava seu vestido azul celeste com uma cinta azul marinho na cintura,e uma gargantilha de tecido da mesma cor com uma pedra azul no centro,tinha o cabelo preso num meio coque com algumas madeixas soltas nas costas, passou a tarde entertida na sala de música.
Uma caravana adentrou os pessados portões da fortaleza do General Dowton. Robert mandou Hanna chamar Agatha e se postou no inicio da escadaria de seu iponente castelo,que levava a entrada principal, e esperou ali Alexander. Viu o jovem descer da carroagem e dar a mão para que sua mãe também descesse, ele ficou adimirando a beleza da Duquesa. “O tempo foi generoso contigo, não mudaste nada e estás ainda mais linda...” - Robert estava agora perdido num passado distante, antes de se casar com sua preciosa Amalya. Alexander se aproximou de Robert e o cumprimentou e ele reverenciou a todos.
- Seja bem vindo a minha humilde casa sir Alexander, X Duque de Cartyllo, - Voltando sua atenção a Margarythe a saudou – Duquesa vejo que o tempo lhe deixou ainda mais bela.
- General é muita honra, mas creio que minha mãe queira descansar depois dessa viagem cansativa – Alexander queria era ver Agatha, ver como ela estava depois daqueles anos, ele sentia que algo iria acontecer na sua estadia ali, mas não sabia o que era.
- Claro meu Duque, minha Senhora, venham comigo pedirei para Samatha para mostrar seus aposentos meus caros.
Todos adentraram a mansão senguindo o General, pararam no meio do saguão principal e Samantha, governanta da casa, se aproximou de seu senhor. Alexander olhava em volta admirando a beleza do lugar se perguntando onde estaria aquela que ele devia se desculpar, onde estaria a moça rebelde e perigosamente desafiafora. O saguão estava iluminado pela claridade das janelas iponetes, era um amplo saguão e bem no meio estava uma magnifica escadaria de marmore com corrimão de prata, a uma certa altura de 30 degrais havia uma estátua num pedestal, nesse ponto a escada se repartia em leste e oeste. No alto da parede havia uma pintura do General e a falecida senhora daquele castelo.Margaryth agora se sentara num banco próximo as janelas, após o General lhe dar a permissão para ficar a vontade, enquanto Alexander olhava em volta a procura dela.
Robert dava instruções a Samantha, o jovem Duque estava perdido em seus pensamentos quando escutou um leve farfalhar vindo da escada ao olhar para o topo da escadaria, lá estava ela. Bela e iponente, com um belo vestido azul e um sorriso deslumbrante, sendo seguida por sua ama. O olhar de ambos se cruzaram, embora ela tentasse disfarcer e ele percebeu toda a mágoa e uma pontada de ódio no olhar da moça. “Ela nunca vai me perdoar...” – pensou Alexander, tudo que ele queria era um momento à sós com a moça, para se desculpar com ela, tentou lhe passar isso com o olhar, mas Agatha começou a descer os ultimos 30 degraus da escadaria e se fez ser percebida por todos no saguão, queria quebrar com aquele momento ao ponto de vista dela constrangedor.
- Boa tarde meu pai, - Robert voltou a atenção para ela que agora descia as escadarias e cumprimentava a todos com uma voz suave e melodiosa, como era a de Amalya. – Boa tarde meu Duque, Duquesa, sejam bem vindos a minha humilde casa – reverenciou os convidados ao descer o ultimo degrau daquela escadaria. Sentiu como tivesse boroboletas no estômago quando viu novamente Alexander. Sentiu-se enfraquecer quando ele lhe lançou um olhar cheio de desculpas e arrependimento, porém ela não estava disposta a ceder, não iria ceder.
- Agatha meu bem, - Robert viu a confusão no gesto de sua preciosa, viu que ela estava quase disposta a ceder a Alexander, mas deixaria isso para o baile daqui dois dias, precisava conversar urgentemente com Alexander – acopanhe a Duquesa para um chá, enquanto os criados colocam as bagagens em seus aposentos.
Tudo que Agatha queria era um momento à sós com Alexander, para jogar toda a humilhação que passara em sua cara, mas isso teria de esperar mais um pouco. Agatha agora era uma anfitriã, e teria que se portar como tal, a Duquesa não tinha culpa do que seu filho aprontou a ela. Voltou o olhar ao seu pai lhe respondeu docemente:
- Claro meu pai, como quiser – abriu um belo sorriso para Robert e Alexander, voltou-se para Margarythe e lhe disse fazando um pequeno muchocho – Me acompanhe Duquesa numa xícara de chá?Creio que esses cavalheiros não nos querem por perto, concerteza irão tratar de guerras.
- Oh não se preucupe criança estou acostumada com isso. – Margarythe lançou um olhar significativo para Robert e se voltou novamente para Agatha - Eu aceito tomar uma xícara de chá, afinal quero conhecer mais minha futura nora e acertar contigo os detalhes do baile. – Margarythe usou o mesmo tom dramático de Agatha, que não gostou muito do modo com a chamou.
- Com sua licença meu pai, sir Alexander – Agatha reverenciou a todos, e seguiu para o salão de banquetes, sendo seguida por Margarythe. Aquele seria uma longa tarde.
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