CAPITULO I
Parte I
Era um cálido dia de primavera nas Terras do Sul, as ameaças de invasão agora era menos constante. O General tinha suas desconfianças a essa calmaria, pois logo logo seu futuro genro iria finalmente selar o noivado com sua preciosa filha. Era óbvio que Agatha não gostou muito e todos os dias fazia um apelo ao pai, ao qual sempre é negado. Ele não queria entregar sua preciosa para qualquer um, mas sentia que seu fim estava próximo, quando descobriu-se muito doente, mas nem Agatha nem Alexander sabiam dessa doença. Queria apenas garantir o futuro de sua pequena, que lhe lembrava tanto a mulher que mais amou nessa sua humilde vida e que o qual se arrependia de não ter ficado mais tempo ao seu lado, Amalya partiu precocemente o deixando viúvo e com uma filha de seis anos para criar.
Agatha estava no salão de música ao seu piano tocando e cantando uma canção de amor,estava pensando que não iria se casar por amor como seus pais. Nem iria amar alguém por estar em um casamento onde nada há, apenas o dever de obedecer e gerar herdeiros para seu Duque. Como a vida era cruel, primeiro perdera a mãe e agora seu pai queria lhe casar com um completo estranho, mas tinha que obedecer já que nunca fora lhe pedido tal coisa, mesmo quando negou vários pedidos de casamento no ano em que debutou na Corte. Foi quando viu o seu futuro noivo pela primeira vez, o vira apenas de relance por um breve isntante, pois estava rodeado de mulheres bonitas.Conhecera o velho Duque de Cartyllo ao qual dançara duas valsas com ela em consideração a amizade com seu pai, o velho Duque fez grandes elogios a sua beleza e lhe falou que ficaria muito honrado de te-la como nora, Agatha ainda lembra muito bem o que respondeu ao Duque: “Se não for ousadia de minha parte meu senhor, creio que seria mais fácil uma andoria viver num mar do que seu filho casar-se com apenas uma mulher”. O Duque concordou com ela e sentia um profundo pesar, por que queria ver seu filho casado com uma bealdade como ela, digna de colecionador.
Já passava do meio-dia, e Agatha percebeu que havia perdido o horário novamente, isso ficara meio que constante nos últimos messes. Robert aguardava a filha para almoçar, viu a jovem descer as escadarias velozmente e a adentrar graciosamente o salão de banquetes, apesar de sua tristeza interior ela procurou sorrir para seu pai. Sabia que havia algo de errado com ele nos ultimos messes só não sabia o que era, notava que a cada dia ele se afastava cada vez mais dela e isso a deixava com o coração apertado. Ela o amava demais e não sabia o que tinha feito de errado para seu pai se afastar tanto, ele devia entender os pontos dela e ela estava determinada e lhe dizer o porque de não querer se casar com o Duque de Catyllo.
- Desculpe meu pai se o fiz esperar! Creio que me destrai na música hoje. – Disse a jovem fazendo uma leve reverência ao pai antes de tomar seu lugar a mesa.
- Não há o que se desculpar querida. – Robert tomou também seu lugar a mesa observando atentamente cada detalhe gracioso de sua filha enquanto era servida pela criada,sabia no fundo o quanto ela estava infeliz então começou a puxar assunto com sua filha após a saida dos criados como manda o protocolo. – Recebi uma carta do Duque de Cartyllo hoje minha filha, daqui uma semana ele virá aqui com sua mãe para selarem o noivado. – Viu que Agatha estremeceu ao ouvir aquilo, mas ela lhe deu um belo sorriso.
- Creio que não possa mais convencê-lo de que eu não quero me casar com sir Alexander Cartyllo – Agatha estava sendo irônica e sabia o quanto isso desagrava seu pai – Papai o senhor sabe o quanto eu detestaria me casar com sir Alexander, não gosto dele. Ele é um destinto cavalheiro sim, porém ele é do tipo galanteador que tem aos seus pés todas as mulheres que ele quer... – Agatha acabara de comer um pedaço de franfo ao molho branco que tanto adorava, mas parecia que hoje a comida estava sem sabor.
Novamente o silêncio reinara naquele aposento um silêncio pesado,Robert sabia o quanto aquele noivado desagradava sua preciosa filha, mas era preciso e ele não voltaria atrás. Agatha por sua vez sentia que tinha algo errado, alguma coisa pertuva seu pai e isso a desagrava, pois ele a estava jogando num casamento arranjado. Ela se arrependeu da resposta que derá ao seu pai há pouco.
- Minha decisão é que você vai casar-se com sir Alexander, queira ou não. E eu não voltarei atrás Agatha e você vai me obedecer, estou farto de sua irônia, farto de seu comportamento rebelde. Fiz durante todos esses anos suas vontades... - Robert agora estava com raiva, Agatha teria que lhe obedecer ao menos uma vez na vida – e nada do que me digas fará com que eu volte atrás...
- Mas por que meu pai? – Agatha agora se levantar e correra para se ajoelhar aos pés de seu pai implorando com lágrimas nos olhos – Por quê? Por quê com ele? Sabia o quanto isso me mata por dentro?
- É o melhor para você Agatha e nem tente me desobedecer, não irei ceder a mais esse capricho seu e já esta mais do que na hora de você se casar, e não me venha com essas suas idéias romanticas. Eu não amava sua mãe quando casei com ela – Agora o tom dele era ameno e sereno ao lembrar de sua doce e obediente esposa Amalya – eu casei com sua mãe num casamento arranjando com o passar do tempo comecei a me apaixonar por ela, por sua voz melodiosa e sei que ela também... – Agatha chorava mais ainda quando o pai lhe disse essas palavras.
- Mas eu não sou Amalya, eu não sou minha mãe... – Agatha sentia seu coração pular e querer sair pela boca – E eu não desejo me casar com Alexander de Cartyllo, não quero e vou recusar ele na frente de todos... - Agatha sentiu uma mão pesada pousar em sua face esquerda, sentiu a mão pesada de seu pai no tapa que levou no rosto.
- Não tentes que seu castigo será pior Agatha... E não quero que saia hoje do castelo, ficará de castigo até aprender me obedecer, já aturei de mais seus caprichos.
Agatha ainda em choque se alevantou devagar e ergueu seu queixo desafiadoramente, ela mal reconhecia o homem a frente dela, seus pensamentos ainda estavam confusos, sua face ardia e ela tinha certeza que estaria bem vermelha, num impulso ela apenas respondeu:
- Sim meu pai... – Agora lágrimas grossas rolavam pelos seus olhos e sua face, nunca apanhara de seu pai antes, e olha que ela jpa fizera coisas bem pior.
Num impulso Agatha girou sobe os calcanhares e saiu do salão de banquetes, com o pouco de dignidade que ainda restava e com o rosto ardendo de raiva, e sua face dolorida pelo tapa que levara.Após fechar a porta atrás de si ela correu para as escadarias e rumou para seu quarto. Airou-se na cama e começou a chorar sem parar, pensado no que acontecera no salão de refeição e o que estava acontecendo com ela e seu pai nos ultimos messes.
Robert saiu do salão de banquetes após a saida de Agatha e foi abordado pela ama da garota que assistiu a sua preciosa criança sair correndo do salão as lágrimas, ouvira toda a discusão mas não discutiria com seu senhor, mas tentaria defender sua criança. Odiava vê-la triste e chorosa pelos cantos, mas sabia que Agatha sabia ser desafiadora e rebelde quando queria.
- Meu senhor eu lhe peço, Agatha não fez por mal, ela é ainda uma criança... – Disse Hanna tentando apaziguar as coisas
- Sei muito bem como minha filha é...- disse ele num tom mais elevando, será que todos estariam o desfiando naquela casa – e sei que ela deverá me obedecer é para o seu próprio bem, e você que é para ela como uma mãe deveria aconselha-la a casar-se e me obedecer...
- Sim meu senhor, irei conversar com ela... – Disse Hanna reverenciando seu senhor antes de se afatar. Falaria com sua criança mais tarde, quando ela se acalmasse.